terça-feira, 3 de novembro de 2020

A Morte da Coerência: Parcialismo Jornalístico

 


                A coerência é algo de suma importância em um texto, pensemos em um cego que conhece a própria casa, sabe onde fica a cozinha, sabe que existe uma mesa e a distância entre essa e a geladeira, sabe que na sala há sofá e no banheiro uma pia. Esse personagem então chega à casa de um amigo, o amigo lhe diz que estão na cozinha e de repente nosso personagem cego tateia um sofá, e quando eles vão até a sala, nosso personagem tateia uma pia! Logo há uma incoerência, em textos também é comum incoerências, sobretudo entre o título e a matéria, porém não raro elas são propositais, sobretudo quando analisamos os jornais atuais em relação a políticos como Trump ou Bolsonaro.

                Usarei uma notícia do UOL que chamou a atenção e virou motivo de chacota em algumas postagens, lembrando que tal matéria repetiu-se, de forma semelhante, em outros jornais da grande mídia:







               Interessante notar que em Oklahoma no dia 05 de julho, tivemos protestos do BLM, e foram 97 casos nesse dia e depois em 12 do mesmo mês 225!! Porém a incoerência fica mais nítida no próprio decorrer da matéria há uma opinião do diretor de saúde de Tulsa, onde ocorreu o comício de Trump, e o próprio sugere que “pode” ter relação com “os eventos” das últimas semanas, sendo que também houve outro evento na cidade o juneteenth em Tulsa em ambiente aberto e com várias pessoas.  A afirmação do título entra em contraste com a matéria e até mesmo com matérias anteriores, ou o vírus chinês possui uma tendência de ser seletivo em eventos.

                Lembremos que há uma corrida eleitoral no EUA, tais notícias tentem a criar um impacto no público, buscando criticar alguém, mesmo que para isso haja o sacrifício da coerência. Os jornais, não só no Brasil, ultimamente, estão a colocar pias na sala.


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